sábado, 29 de outubro de 2011

VELHOS E CLASSICOS - CHEVETE

Ed Globo
Um sedã feito para concorrer com o “Sedan” Volkswagen e tantos outros modelos compactos. Nascido em 24 de abril de 1973 com tração traseira, amplo espaço interno e desenho atraente, o Chevrolet Chevette não chegou a ameaçar o reinado do Fusca. Mas deixou seu nome gravado na história da indústria automobilística nacional e na memória de muitos consumidores. Moderno para a época, o modelo causou impressão muito boa, de acordo com a matéria de Autoesporte publicada à época de seu lançamento.
“O entrosamento ‘homem-máquina’ é imediato no Chevette. Demos a partida e saímos rodando com ele como se já fôssemos velhos conhecidos. Depois de alguns minutos, a impressão é de que sempre guiamos este automóvel, tal a sua obediência às manobras feitas ao volante.”
Ed Globo
Outro ponto também elogiado pela avaliação realizada na época foi a manobrabilidade do Chevrolet, qualidade que foi um de seus pontos fortes ao longo de toda a sua produção. “A ‘servilidade’ aos desejos no motorista, a estabilidade, a boa resposta à aceleração e a excelente estabilidade tornam esse automóvel de fato delicioso de dirigir.”
Nos detalhes, o modelo agradou de uma forma geral. Os bancos dianteiros, por exemplo, traziam um sistema de ajuste longitudinal sem trilhos, que garantia maior segurança a motorista e passageiro. Os pedais suspensos, apesar de pequenos, ofereciam posição e altura favoráveis ao acionamento correto mesmo para quem guiava o sedã pela primeira vez.
A matéria destacava ainda o alto grau de segurança do modelo, compatível às normas da Europa e dos Estados Unidos. Itens como sistema de freios com duplo circuito (com discos opcionais para as rodas dianteiras), tanque de combustível entre o encosto do banco traseiro e o porta-malas, direção não penetrante, luzes de alerta, maçanetas externas embutidas, dupla trava de segurança no capô e botões do painel achatados e feitos de material “não contundente” o tornavam realmente seguro.
Ed Globo
Por baixo do capô, o moderno motor 1.4 com comando de válvulas no cabeçote era garantia de bom desempenho e baixo consumo de combustível. Com ele, o bom e velho Chevette oferecia 60 cavalos de potência (líquida) a 5.400 rpm e 9,2 mkgf de torque (líquido) a 3.600 rpm. Outra vantagem era o bom espaço do cofre, que facilitava o acesso a qualquer peça do motor que precisasse ser trocada.
Com tantas virtudes, o Chevrolet, construído na então nova fábrica da GM, em São José dos Campos (SP), caiu no gosto do consumidor e já em março de 1974 chegou a 50 mil unidades produzidas, número que saltou para 100 mil em novembro do mesmo ano. No ano seguinte, em abril, a montadora lançou o Chevette Especial e, em novembro, a versão SL (Super Luxo) chega como grande destaque da linha Chevrolet 1976.
Ed Globo
Com as novidades introduzidas no modelo, as vendas continuaram num ritmo crescente, tanto que a produção bateu nas 200 mil unidades em maio de 1976. Seis meses depois, na décima edição do Salão do Automóvel, a versão esportiva GP-II é apresentada ao público. A nova opção do Chevette foi lançada oficialmente no dia 23 de janeiro de 1977, durante o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, em Interlagos. Com novos comando de válvulas, distribuidor e carburador, o modelo havia ficado 20% mais econômico.
O mês de agosto trouxe um Chevette com a frente diferente, redesenhada para atualizar o modelo oferecido na linha 1978. Já a linha 1979 trouxe como novidade a opção de carroceria com quatro portas – demorou um pouco a chegar, mas vale lembrar que nessa época os brasileiros preferiam os modelos de duas portas.
Ed Globo
Pensando no aumento da família, a GM apresentou à imprensa, em novembro de 1979, a linha Chevrolet 1980, que incluía o Chevette Hatch. O modelo, que continuava bem no ranking de vendas, emplacou 500 mil unidades em fevereiro de 80. Cinco meses depois chega mais um reforço: o motor movido a álcool.
Setembro de 80 marcou a apresentação da linha 1981, que contava com a nova perua Chevette Marajó e a versão Hatch SR 1.6 L. Já em 81, no mês de março, o Chevette Hatch recebeu o título de Carro do Ano, concedido por Autoesporte.
Daí em diante o modelo continuou marcante. Ganhou a versão picape Chevy 500 em outubro de 1983, foi o líder de vendas no País no mesmo ano (85.894 unidades), atingiu a produção de um milhão de unidades em março de 1987, foi oferecido na versão Júnior 1.0 em 1992 e teve como sobrevida a opção L 1.6, lançada em abril de 1993. Em 12 de novembro do mesmo ano, o modelo sai de cena com a respeitável marca de 1,6 milhão de unidades produzidas.

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