“O entrosamento ‘homem-máquina’ é imediato no Chevette. Demos a partida e saímos rodando com ele como se já fôssemos velhos conhecidos. Depois de alguns minutos, a impressão é de que sempre guiamos este automóvel, tal a sua obediência às manobras feitas ao volante.”
Nos detalhes, o modelo agradou de uma forma geral. Os bancos dianteiros, por exemplo, traziam um sistema de ajuste longitudinal sem trilhos, que garantia maior segurança a motorista e passageiro. Os pedais suspensos, apesar de pequenos, ofereciam posição e altura favoráveis ao acionamento correto mesmo para quem guiava o sedã pela primeira vez.
A matéria destacava ainda o alto grau de segurança do modelo, compatível às normas da Europa e dos Estados Unidos. Itens como sistema de freios com duplo circuito (com discos opcionais para as rodas dianteiras), tanque de combustível entre o encosto do banco traseiro e o porta-malas, direção não penetrante, luzes de alerta, maçanetas externas embutidas, dupla trava de segurança no capô e botões do painel achatados e feitos de material “não contundente” o tornavam realmente seguro.
Com tantas virtudes, o Chevrolet, construído na então nova fábrica da GM, em São José dos Campos (SP), caiu no gosto do consumidor e já em março de 1974 chegou a 50 mil unidades produzidas, número que saltou para 100 mil em novembro do mesmo ano. No ano seguinte, em abril, a montadora lançou o Chevette Especial e, em novembro, a versão SL (Super Luxo) chega como grande destaque da linha Chevrolet 1976.
O mês de agosto trouxe um Chevette com a frente diferente, redesenhada para atualizar o modelo oferecido na linha 1978. Já a linha 1979 trouxe como novidade a opção de carroceria com quatro portas – demorou um pouco a chegar, mas vale lembrar que nessa época os brasileiros preferiam os modelos de duas portas.
Setembro de 80 marcou a apresentação da linha 1981, que contava com a nova perua Chevette Marajó e a versão Hatch SR 1.6 L. Já em 81, no mês de março, o Chevette Hatch recebeu o título de Carro do Ano, concedido por Autoesporte.
Daí em diante o modelo continuou marcante. Ganhou a versão picape Chevy 500 em outubro de 1983, foi o líder de vendas no País no mesmo ano (85.894 unidades), atingiu a produção de um milhão de unidades em março de 1987, foi oferecido na versão Júnior 1.0 em 1992 e teve como sobrevida a opção L 1.6, lançada em abril de 1993. Em 12 de novembro do mesmo ano, o modelo sai de cena com a respeitável marca de 1,6 milhão de unidades produzidas.
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