É chavão da psicologia pop que o homem precisa de um tempo sozinho para curtir sua fossa – e que o homem é diferente de sua companheira. Por mais que seja um clichê, é verdade. Esse tipo de programa no cérebro do homem pode ser um produto evolucionário de eras de caçadas solitárias.
Uma viagem de carro sozinho é uma das poucas atividades que deixam os homens ficarem a sós sem patologizar a solidão. Experimente dizer aos amigos e à família que você vai passar uns dias na praia sem ninguém, ou que vai sair para velejar. A reação provavelmente será de descrença ou preocupação. Dirigir por longas distâncias surge na literatura, de Jack Kerouac a Stephen King, como um exercício zen, uma prática de cair na hipnose massiva da estrada, com a cabeça no momento e a paisagem passando. Uma semana na estrada sozinho é um presente raro e fantástico a você mesmo. Você se ouve pensando. Retoma discussões com ex-namoradas e ex-esposas. Comunga com o espírito de seu pai, que partiu há anos. Depois começa a produzir novos pensamentos. Começa, por exemplo, a pensar em mudar o mundo. No fim das contas, a experiência masculina, esse apreço masculino pelo automóvel foi moldado pela tecnologia, pelo poderoso motor a pistão movido por combustão interna. E isso é um problema. O poder e a glória, o fogo e o trovão, a gama indefinida de automóveis que conhecemos está baseada na gasolina. Em termos de força pura, nenhuma bateria chega perto. Um típico carro a gasolina roda entre 400 e 800 quilômetros com um tanque, e requer apenas alguns minutos para se reabastecer em um dos milhares de postos do Brasil.
Não damos importância a essa estrutura, mas a comodidade é incrível. Será que aquela higiene mental através de mil quilômetros – ou mais – de estradas seria possível em um carro elétrico que levaria horas para reabastecer? Esta é uma tecnologia condenada. É fácil pensar que nossa paixão por carros morrerá com ela. Com os carros elétricos, aquele ruído de escapamento que vibra até as costelas vai sumir – e ser substituído por um leve zumbido elétrico, tão emocionante quanto um aparelho de cozinha.
Mas vale lembrar que, em matéria de carros, os homens estão no comando. O fato é que, enquanto os homens fabricarem carros, nosso caso de amor continuará. Já sabemos que os carros elétricos serão velozes, e com a velocidade vem o perigo, e com o perigo vem a satisfação e a definição do que somos. Na verdade, os carros elétricos do futuro – cheios de torque – serão mais rápidos e possantes do que seus antecessores a gasolina. Apenas serão mais silenciosos, e aposto que daremos um jeito nisso também.
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